Hoje foi um dia especial. Fui até lá. Com a ajuda da amiga Ivone Ferreira, que conhece muito bem a região, e do jornalista Everson Luiz, meu co-piloto na viagem, foi fácil encontrar algumas palmeiras com frutos maduros.
A dúvida era de que seria o Butia capitata, Butia paraguayensis ou o butia eriospatha. O Butia de Uruana de Minas tem um gosto encorpado, coisa do cerrado mesmo, apesar de no fundo manter o sabor ácido do butia que havia conhecido no sul.
Coletei algumas sementes, que agora devo despolpar e colocar em proceso de germinação.
Com a ajuda do prof. Marco Lacerda e prof Harry Lorenzi, a palmeira foi identificado como Butia Capitata.
Na região de Uruana a população conheçe o Butia pelo nome de côco cabeçudo. Utilizam as folhas para fabricação de vassouras. O fruto é consumido ao natural, e também utilizado em conservas de pinga. A castanha é moida e misturada na fabricação de rapadura. Da raiz, fazem uma "garrafada", que afirmam combater dores.
Muitos fazendeiros preservam as plantas, mesmo quando formam pastos. Outros não, e ela é derrubada nos desmatamentos. Fizemos contatos com autoridades municipais, que se motivaram com nossa visita, e mostraram interesse em passar a preservar o Butia, informado a população sobre sua importância. Voltaremos lá em breve, para dar continuidade a esta idéia.
A fauna aprecia o fruto, especialmente as araras, disseram alguns moradores. A espécie tem grande potencial para paisagismo.